Saiba do que é feito o whisky e suas 6 etapas de produção

Whisky

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O whisky é uma bebida alcoólica destilada obtida a partir da fermentação de grãos e envelhecida em barris de madeira.

O processo de produção envolve transformações químicas e físicas que influenciam diretamente no sabor e na qualidade do destilado. Além disso, diferentes países adotam regras específicas para sua fabricação, como o tempo mínimo de maturação e o tipo de barril utilizado.

Continue lendo e compreenda do que é feito o whisky e suas etapas de produção.

Do que é feito o whisky?

Confira abaixo os ingredientes básicos do whisky, tipos de grãos e importância da água no processo de produção.

Ingredientes básicos do whisky

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A composição do whisky é simples, mas cada ingrediente possui um impacto significativo no sabor e aroma da bebida. Os principais elementos são:

  • Grãos: Cevada, milho, trigo ou centeio
  • Água: Essencial para a maceração e fermentação
  • Fermento: Responsável pela conversão dos açúcares em álcool

Cada um desses componentes tem um papel essencial no resultado final. A qualidade da matéria-prima influencia diretamente no perfil sensorial do whisky. A seguir, detalhamos a função de cada ingrediente.

Tipos de grãos utilizados

Os grãos utilizados na produção do whisky variam de acordo com o estilo da bebida:

  • Cevada maltada: Base do whisky escocês single malt, proporciona notas adocicadas e complexidade aromática.
  • Milho: Predominante no bourbon americano, confere suavidade e dulçor intenso.
  • Trigo: Utilizado em alguns whiskies para um sabor mais leve e refinado.
  • Centeio: Presente nos whiskies de centeio (rye whiskey), adiciona um toque picante e especiado.

A escolha dos grãos influencia o teor de açúcar fermentável, o rendimento da destilação e as características finais do whisky.

Importância da água na produção

A água é um elemento fundamental para a qualidade do whisky. Usada em todas as etapas do processo, desde a maceração dos grãos até a diluição final antes do engarrafamento, sua pureza e composição mineral afetam diretamente o sabor da bebida.

Fontes naturais de água próximas às destilarias costumam ser utilizadas devido à baixa presença de impurezas e minerais específicos que influenciam a fermentação. A água rica em calcário, por exemplo, pode favorecer a ação das leveduras e melhorar a qualidade da fermentação.

Papel do fermento na fermentação

O fermento desempenha um papel crucial na conversão dos açúcares em álcool. Durante a fermentação, as leveduras consomem os açúcares liberados dos grãos maltados e os transformam em álcool etílico e gases, como o dióxido de carbono.

A escolha do fermento pode alterar significativamente o perfil aromático do whisky. Algumas destilarias utilizam cepas exclusivas para manter padrões de sabor e aroma característicos. O tempo e a temperatura da fermentação também influenciam no resultado final, impactando desde a suavidade até a complexidade dos aromas da bebida.

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As 6 etapas de produção do whisky

A produção do whisky segue um processo rigoroso para garantir sabor e qualidade. Desde a transformação dos grãos até a destilação e maturação, cada fase é essencial para desenvolver os aromas e características únicas da bebida. As três primeiras etapas envolvem a preparação dos ingredientes e a fermentação alcoólica.

do que é feito o whisky

1. Maltagem

A maltagem é o primeiro passo na produção do whisky e tem como objetivo transformar o amido presente nos grãos em açúcares fermentáveis. O processo começa com a imersão da cevada em água por aproximadamente dois dias, promovendo a germinação. Durante esse período, a enzima amilase começa a se desenvolver, facilitando a conversão do amido em açúcares simples.

Após a germinação, o malte verde é espalhado em pisos ou tambor rotativo para controle da umidade e temperatura. Quando atinge o ponto ideal, a germinação é interrompida por secagem em fornos conhecidos como kilns. Em algumas produções tradicionais, utiliza-se turfa para alimentar o fogo, o que adiciona notas defumadas ao whisky. O resultado final é o malte seco, pronto para ser moído e utilizado nas próximas etapas.

2. Maceração e cozimento

Após a maltagem, o malte seco é moído até virar um pó grosso chamado “grist”. Essa farinha é misturada com água quente em um recipiente conhecido como “mash tun”, onde acontece a maceração. O objetivo dessa etapa é dissolver os açúcares presentes no grão para formar um líquido açucarado chamado “wort”.

A temperatura da água é ajustada em ciclos para otimizar a extração. O primeiro ciclo usa água morna, seguido por novas adições de água progressivamente mais quentes. Esse processo permite retirar o máximo possível dos açúcares fermentáveis. O resíduo sólido remanescente, chamado “draff”, é separado e muitas vezes reutilizado como ração animal.

Ao final, o líquido resultante da maceração contém alta concentração de açúcares e está pronto para ser fermentado na próxima etapa.

3. Fermentação

Na fermentação, o líquido açucarado obtido na maceração é resfriado e transferido para grandes tanques de madeira ou aço inoxidável, chamados de “washbacks”. Neste ambiente controlado, adiciona-se levedura para iniciar o processo de fermentação.

A levedura é responsável por converter os açúcares em álcool e liberar compostos secundários que influenciam os aromas do whisky. Esse processo dura entre 48 e 72 horas. No início, a fermentação ocorre de forma vigorosa, produzindo calor e dióxido de carbono. Com o tempo, a atividade diminui, indicando que a maior parte dos açúcares foi convertida.

O resultado final é um líquido conhecido como “wash”, com teor alcoólico entre 6% e 8%, semelhante a uma cerveja forte. Esse líquido fermentado segue para a próxima etapa: a destilação.

4. Destilação

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A destilação tem o objetivo de separar o álcool do “wash” fermentado e concentrar seus compostos aromáticos. Esse processo ocorre em alambiques de cobre, que removem impurezas e contribuem para o perfil sensorial do whisky.

A destilação é feita em duas etapas:

  • Primeira destilação: ocorre no alambique conhecido como “wash still”. O líquido é aquecido até que o álcool evapore e seja condensado novamente, resultando no “low wines”, com cerca de 20% a 25% de álcool.
  • Segunda destilação: o “low wines” passa para o “spirit still”, onde ocorre uma nova separação. Aqui, o destilador descarta a “cabeça” (álcoois mais voláteis) e a “cauda” (componentes pesados e indesejáveis), mantendo apenas o “coração”, que contém os compostos mais puros e desejados.

O resultado é um destilado com teor alcoólico entre 60% e 70%, que será diluído e colocado em barris para envelhecimento.

5. Maturação em barris de carvalho

A maturação é uma das etapas mais importantes da produção do whisky, pois a bebida adquire grande parte de seu sabor, cor e aroma durante esse período.

  • O whisky deve envelhecer por no mínimo três anos em barris de carvalho, segundo a legislação escocesa.
  • Os barris podem ser novos ou reutilizados, sendo comuns aqueles que armazenaram bourbon ou vinho Jerez.
  • Durante o envelhecimento, o carvalho permite que a bebida interaja com o oxigênio, suavizando seu sabor e incorporando notas como baunilha, caramelo e especiarias.

Além disso, a variação climática influencia na maturação. Em climas mais quentes, o whisky envelhece mais rápido, absorvendo mais compostos da madeira. Já em locais frios, o processo é mais lento, permitindo um desenvolvimento mais sutil dos sabores.

6. Homogeneização, filtragem e engarrafamento

Após a maturação, os whiskies de diferentes barris podem ser misturados para garantir um perfil sensorial equilibrado. Esse processo, chamado de homogeneização, é fundamental para manter a identidade da marca.

  • No caso dos blended whiskies, diferentes destilados são combinados para criar um sabor consistente.
  • O whisky passa por um processo de filtragem, muitas vezes a frio, para remover impurezas e evitar turvação quando resfriado.
  • Antes do engarrafamento, a graduação alcoólica pode ser ajustada com a adição de água.

Por fim, o whisky é envasado e rotulado, pronto para ser distribuído e apreciado ao redor do mundo.

Tipos de whisky e suas diferenças

Existem diversas variedades de whisky, cada uma com características próprias, definidas pelo local de produção, ingredientes e métodos utilizados. Os três tipos mais conhecidos são o whisky escocês, o irlandês e o bourbon. Além disso, há uma distinção importante entre single malt e blended whisky.

Whisky escocês vs. irlandês vs. bourbon

CaracterísticaWhisky Escocês (Scotch)Whisky Irlandês (Irish)Bourbon
Local de origemEscóciaIrlandaEstados Unidos (principalmente Kentucky)
Tempo mínimo de envelhecimento3 anos3 anosNão há tempo mínimo, mas costuma ser ao menos 2 anos
Grãos utilizadosCevada maltada ou mistura de grãosCevada maltada e não maltadaNo mínimo 51% milho
DestilaçãoNormalmente destilado duas vezesGeralmente destilado três vezesDestilado em colunas industriais
Barris utilizadosBarris reutilizados, como ex-bourbon ou ex-JerezBarris reutilizadosBarris novos de carvalho carbonizados
Perfil de saborEncorpado, defumado e complexoSuave, frutado e levemente adocicadoDoce, com notas de baunilha e caramelo

Single malt x blended whisky

Confira abaixo as principais diferenças entre os whiskies single malt e blended whisky.

CaracterísticaSingle Malt WhiskyBlended Whisky
ComposiçãoProduzido em uma única destilaria com 100% cevada maltadaMistura de diferentes whiskies, podendo incluir single malts e whiskies de grãos
Complexidade de saborMais intenso e variado, com características únicas de cada destilariaSabor mais equilibrado e padronizado
PreçoGeralmente mais caro devido à produção limitada e artesanalMais acessível, pois utiliza uma combinação de whiskies para reduzir custos
EnvelhecimentoCostuma ter maturação mais longa e controladaPode conter whiskies mais jovens misturados a mais envelhecidos
Perfil sensorialNotas mais marcantes de malte, madeira e defumadoSuave e fácil de beber, com um perfil mais harmonizado
PopularidadePreferido por apreciadores que buscam sabores mais autênticos e exclusivosO tipo de whisky mais consumido no mundo, com marcas conhecidas como Johnnie Walker e Chivas Regal

A escolha entre um e outro depende do gosto pessoal. O single malt tende a agradar quem busca um sabor mais característico e intenso, enquanto os blended são ideais para quem deseja uma experiência mais suave e padronizada.

Como a maturação define o sabor do whisky

A maturação é um dos fatores mais importantes na produção do whisky, pois é nesse estágio que a bebida desenvolve grande parte do seu sabor, aroma e coloração.

Tempo mínimo de envelhecimento

  • Para ser considerado whisky, a bebida precisa envelhecer pelo menos três anos em barris de carvalho.
  • Alguns whiskies são maturados por 12, 18, 25 anos ou mais, desenvolvendo sabores mais complexos ao longo do tempo.
  • Quanto mais tempo em barris, mais suavidade e notas amadeiradas a bebida adquire.

No entanto, um whisky mais antigo nem sempre é melhor. O equilíbrio entre tempo, madeira e características do destilado é o que define um bom produto.

Influência da madeira e do ambiente

  • Tipo de barril: O uso de barris que antes armazenaram bourbon, vinho Jerez ou outras bebidas adiciona notas de baunilha, frutas secas e especiarias ao whisky.
  • Oxigenação: Durante o envelhecimento, a bebida respira através dos poros da madeira, absorvendo compostos e eliminando substâncias indesejadas.
  • Variação climática: Em locais mais quentes, a maturação ocorre mais rapidamente, extraindo mais da madeira em menos tempo. Já em regiões frias, o processo é mais lento e sutil.

A combinação desses fatores é o que torna cada whisky único, criando perfis de sabor que vão do frutado e adocicado ao encorpado e defumado.

Conclusão

Agora que você já sabe do que é feito o whisky, fica evidente que essa bebida vai muito além de apenas grãos, água e fermento. O processo de produção, que envolve maltagem, fermentação, destilação e envelhecimento, é fundamental para criar o sabor e a complexidade do whisky. Cada etapa influencia diretamente na qualidade da bebida, tornando cada garrafa única.

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Além disso, os diferentes tipos de whisky apresentam variações significativas em ingredientes, maturação e método de produção. O Scotch whisky, o Irish whiskey e o bourbon possuem características próprias, e a escolha entre eles depende do gosto pessoal. A maturação em barris de carvalho também desempenha um papel essencial, agregando sabores que transformam completamente o destilado.

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Seja qual for sua preferência, entender do que é feito o whisky ajuda a apreciar melhor essa bebida tão tradicional, valorizando cada gole e descobrindo novos sabores. Saiba mais sobre o universo dos whiskies com nossas recomendações e resenhas de whisky detalhadas.

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escrito por

John Constable

John Constable, co-fundador do “The Drinkster”, dedica sua vida à exploração de sabores únicos, desde os renomados single malts escoceses até as novidades americanas. Com uma capacidade notável de desmistificar complexidades para novatos e aficionados, John oferece guias cativantes, análises profundas e dicas exclusivas para uma verdadeira jornada no mundo do whisky.